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O medo de um ataque nuclear possibilitou o surgimento da rede precursora da internet atual. |
Em 1957, a extinta União Soviética lançou ao espaço o primeiro satélite artificial produzido pelo homem: o Sputnik. Apesar de praticamente não ter tido função para os soviéticos, o sucesso do Sputnik foi comemorado com muito entusiasmo, até porque, não se tratava apenas de um avanço tecnológico, e sim de um avanço tecnológico conquistado antes dos Estados Unidos, adversário daquela guerra ideológica, mais conhecida como "Guerra Fria".
O governo norte-americano se tomou em preocupações, e o motivo principal não era ter perdido uma das batalhas naquela corrida espacial. Não, o motivo que realmente os preocupava era a seguinte lógica: "Se eles conseguiram enviar um objeto até o espaço, o que os impede de bombardear nosso território?!". E a lógica fazia sentido, até porque as bombas nucleares já não eram as mesmas de Hiroshima-Nagasaki. As novas bombas de hidrogênio tinha um potencial destrutivo muito maior. Um ataque com uma dessas bombas não só causaria uma grande destruição em parte do território, como derrubaria parte (ou toda) a comunicação existente no país, seja através de torres de rádio, ou de linhas telefônicas convencionais. E em períodos de guerra, nada é mais importante do que a troca de informações.
O Governo norte-americano desejava possuir um meio de comunicação que fosse ininterrupto, isto é, fosse qual fosse o motivo, ele jamais parasse de funcionar, independente de quantos problemas técnicos estivessem na comunicação, ou com as bases militares.
Pensando nisso, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos contratou a ARPA (Agência de Projetos e Pesquisa Avançada) em 1962, para bolar esse novo modelo de comunicação.
Vale ressaltar que, além de ter popularizado a transmissão via comutação de pacotes (algo utilizado até hoje na internet), a ARPA desenvolveu a rede Arpanet com o design que se tornaria o padrão para todas as redes de computadores criadas a partir dali: Bases interligadas por vários canais de acesso, sem uma central. Isso possibilitou a realização da ideia do Governo Americano e se tornou a máxima de todas as redes de computadores: Sempre deve possuir um caminho alternativo na rede. Ela nunca pode parar.
Em 1970, A Arpa realizou o teste experimental com quatro universidades: as Universidades de Santa Bárbara e Los Angeles, ambas da Califórnia; a Universidade de Utah; e o Instituto Stanford. Após o sucesso do teste, a Arpanet foi posteriormente utilizada para fins militares.
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