quinta-feira, 13 de março de 2014

Comutação por Pacotes

Graças a comutação por pacotes, as redes de computadores puderam se expandir em grande escala.


Antes mesmo do surgimento da internet, já existia conexões entre computadores, as chamadas redes. A diferença se dava na amplitude destas redes: eram elas todas locais, mais conhecidas como LANs, e na maioria das vezes, com poucas máquinas integrando estas redes.

A troca de dados por essas máquinas dentro da rede acontecia através da tecnologia de comutação por circuito, a mesma utilizada na troca de sinais pela linha telefônica. Para que ocorresse a transferência da dados entre as máquinas da rede, era necessário a "locação" de um mesmo caminho, chamado de "circuito dedicado", até o fim da comunicação. Para operar nessas redes, que possuíam poucas máquinas, além de uma taxa pequena da dados trafegando nela, a tecnologia de comutação por circuito dava conta do recado.

O problema veio quando decidiu-se por criar uma espécie de "rede das redes", que fizesse uma interligação entre LANs. Essa rede ficaria conhecida nos seus primeiros anos como "Arpanet", e anos mais tarde, seria nomeada com o nome que a popularizou no mundo: Internet.
Ainda na fase de testes, quando se estabeleceu as conexões entre as LANs, logo se notou o congestionamento da rede, muitas vezes até paralisando boa parte da rede. Se não bastasse isso, a comutação por circuito apresentava um uso excessivo de fiações, que exigiam manutenções constantes.

Era necessário uma tecnologia de transmissão mais barata e menos complicada, e que, principalmente, jamais causasse o interrompimento da comunicação na rede. Assim surgiu a comutação por pacotes: os dados não são mais enviados de maneira contínua, como era na comutação por circuito, agora os dados são divididos em pequenas partes chamadas "pacotes". Para evitar a perda desses pacotes na rede, antes de seu envio, é anexado em seu cabeçalho o endereço de origem e destino. Mesmo assim, é possível que ocorra perda de algum desses pacotes no caminho, que não é mais privado, e partilhado por todos os membros da rede. Isso não compromete a transferência dos dados, já que, quando a máquina de destino se dá conta da falta de algum pacote, ela envia uma notificação para a máquina de origem, para que ela reenvie o pacote.

Ao contrário da troca de dados por comutação por circuito, a falha do canal de transferência não comprometeria a troca de dados, já que os pacotes possuem liberdade para pegar outros caminhos disponíveis na rede.
Outro fator decisivo era a largura de banda: a comutação por pacotes levava grande vantagem sobre a comtação por circuito.

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